quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A república de Platão - resenha

A república- resenha

A obra ‘A república’ de Platão é um dos livros mais importantes para a filosofia desde que foi escrito, no século IV a.C. Ele é dividido em dez partes e cada uma delas é chamada de Livro I, Livro II, e assim sucessivamente.

No livro 1 de A república, Platão nos mostra o modo com que Sócrates tratava suas conversar acerca de política, sociedade, Pólis, etc. Neste  primeiro livro a questão da justiça é o centro do debate entre Sócrates e seus interlocutores, que dentre eles há um sofista chamado Trasímaco.

O sofista Trasímaco defende que a justiça é exercida sempre pelos mais fortes e eles que decidem o que é ou não justiça. Sócrates já defende que a justiça deve ser um bem comum a todos e não apenas ao indivíduo. A discussão entre os dois encerra-se neles discorrendo sobre se é vantajosos ou não ser justo ou injusto.

o livro 2 começa com Glauco propondo 3  espécies de bens e pergunta a Sócrates qual deles colocaria como sendo algo justo.Sócrates escolhe a segunda opção e defende seu argumento. Ainda inconformado com os argumentos de Sócrates a Trasímaco, Glauco defende que é mais importante ser injusto mas para a sociedade o sujeito parecer justo do que ser alguém justo e ser reconhecido pelos seus semelhantes como injusto.

 Glauco também conta a historia de um anel e de um senhor que o encontra e com ele ganha o poder de ser tornar invisível. E também é nessa parte da historia que Sócrates apresenta-nos a cidade perfeita, o kallipolis.

No livro 3, Sócrates e Adimanto  discorrem sobre como seria a sociedade perfeita concebida por Sócrates. Nesse diálogo, os dois falam sobre médicos e juízes, guerreiros que devem temer mais a escravidão do que o inferno, e para isso cita obras como a Ilíada. Para governar o Estado, o cidadão deveria ser inteligente, autoridade, disponibilidade para a política e outros atributos característicos da vida pública.

O livro 4, tal qual em todo o livro, o termo justiça vai se aprofundando. Para Sócrates a cidade seria justa e perfeita se todos fizessem suas devidas obrigações. Ele entende que o excesso de riqueza é o que corrompe as pessoas. Ainda neste capítulo, os interlocutores encontram nos guardiões a sabedoria, a coragem e a temperança necessárias à cidade, e também definem que há justiça quando cada indivíduo na sociedade faz o que lhe é devido fazer.

No livro 5o tema das mulheres é abordado, e Sócrates as compara aos cães de guarda fêmea que, assim como os machos, devem ser atentas. Salientando ainda o que foi amplamente discutido no capítulo anterior, de que o papel da mulher dar a luz enquanto que o do homem é procriar, fecundar. Nesse mesmo raciocínio, Sócrates defende que as mulheres têm os mesmos direitos que os homens, podendo também serem guardiãs e, consequentemente, terem acesso ao estudo da dança, música, ginástica, etc, e que a diferença entre as mulheres e homens no exercício da administração é que as mulheres sempre seriam mais fracas que os homens.

No sexto livro, os personagens continuam debatendo acerca dos filósofos serem os líderes da cidade. Até que Adimanto defende que, na vida real, os filósofos não são tão bons assim, que muitas das vezes são extravagantes chegando a serem desonestos e que são inúteis para a sociedade. Eles discorrem sobre esse assunto e também há a comparação do Bem com o Sol. Por fim Sócrates esboça o mito da caverna para representar as atitudes dos que estudam as coisas superficialmente e daqueles que se aprofundam nelas.

 

Livro sete começa falando acerca da comparação entre a luz e o bem e também da educação dos filósofos. É no livro VII onde se encontra o famoso mito da caverna e o tempo todo ele faz comparações com os filósofos e o habitante da caverna que conseguiu fugir da caverna. Seguindo que foi dito no livro anterior, Sócrates compara a luz do sol com o Bem, que para se vencer a luz do sol e conhecer a realidade fora da caverna, deve-se fazê-lo com dialética para se alcançar o conhecimento da essência das coisas.

No oitavo livro, Sócrates retoma ao assunto das quatro espécies de governo, que são a timocracia, o governo das honrarias; a oligarquia, o governo dos ricos, a democracia, o governo da maioria do povo; e a tirania, o governo de um. Neste livro Sócrates detalha essas formas de poder, com destaque para a democracia que, segundo ele, com o tempo se transformaria em tirania, pois o povo se acostumaria com a liberdade demasiada e, por serem dependentes de alguém que guie seus passos, elegeriam um líder. Com o tempo esse líder criaria guerras para eliminar seus líderes e para que o povo precisasse de um líder. E com isso, a democracia se tornaria Tirania.

No nono livro ix, Platão defende que as pessoas que lideram o Estado fictício devem ser aqueles que controlam seus sentimentos, tem bons pensamentos e assim consequentemente conseguem fazer o melhor para a sociedade enquanto líder. Já aqueles que fazem tudo que desejam e não controlam suas emoções e sentimentos estão fadados a exercerem um governo de tiranos onde o mais forte deles irá governar. Com isso Sócrates e seus amigos acabam concordando que a tirania é o pior tipo de governo, e o melhor é o parlamentar.

No décimo e último livro, Platão fala sobre a imortalidade da alma e também traz outro mito, que é o de Er, que foi um homem que morreu e depois de dez dias ressuscitou e contou que, enquanto morto, foi para um lugar onde os que faziam boas obras iam para um lugar e os que faziam más obras iam a outro. Neste livro Sócrates também defende que as poesias não podem ser imitadas e que isso é algo que deve ser excluído da sociedade.

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